Dia 2 - parte I

Segundo Dia

5 de Agosto, 2008

Neste momento estou no ônibus que vai nos levar até metade do caminho. Acordamos as 5:30 da madruga para poder dar tempo o suficiênte de chegar até o destino final.
Até agora a viagem tem sido maravilhosa!
O vento está batento na minha face enquanto olho para as montanhas pela janela.
Que lugar melhor para adorar à Deus?
Em alguns minutos vamos mudar o meio de transporte.
Caminhão..aí vamos nós!!

Minutos seguintes

A viagem no caminhão tem sido espetacular!!!
NÃO ESTÁ CHOVENDO!
Repito...NÃO ESTÁ CHOVENDO!!
Não tem nenhuma nuvenzinha no céu!
Tem chovido muito todos os dias nas últimas semanas. Todos os dias! Mas hoje..nenhuma nuvenzinha no céu! Deus é tão bom!! Que Deus romântico a gente tem!

Por conhecimento acumulado em viagens passadas, eu trouxe uma almofada. Deixa eu dar uma idéia da situação para vocês.

Estamos todos apertadinhos na caçamba do caminhão. Nossa experiência pode ser se comparada com as das sardinhas enlatadas sendo chacoalhadas.

A estrada é bem esburacada. Nossas costas e nossos trazeirosficam doloridos de tanto bater na caçamba. Dessa vez resolvi ir em pé. Não é ruim. Você só tem que segurar na barra de metal com toda força para não ser jogadapara fora do caminão. As vezes temos que abaixar bruscamente para não ser decapitados por um galho; as vezes o caminhão te empurra para frente, contra os metais de ferro...mas é só aprender a manter o equilibrio. Não é tão ruim assim. Verdade!! A paisagem é maravilhosa!!! Consigo ver todas as montanhas ao nosso redor!

O vento é bem forte. Num determinado momento pensei que tinha perdido os meu óculos-de-sol porque o vento estava quase arrancado os meus olhos para fora. Nem. Quando fui checar com a minha mão descobri que o óculos ainda estava lá.

Em algunas partes da viagem consegui abrir os meus braços, fechar os olhos e sentir o vento bater...momentos “titanics”.

Na metade da viagem paramos para trocar de lugares. A posição de ficar em pé era considerada primeira classe. Todo mundo queria. Aí tive que sentar. Beleza! Eu estava pronta! A minha almofada era a minha salvação! Ela previniu as minhas costas de bater no ferro! Meu traseiro ainda foi afetado pelas constants chacoalhadas, mas tudo bem! Consegui polpar uma parte do meu corpo. Isso é o que importa!